Braga Ciclável reuniu com a Real Associação Humanitária do Bombeiros Voluntários de Braga

No passado dia 7 de Outubro, pelas 18h30, a Associação Braga Ciclável reuniu com os Bombeiros Voluntários de Braga, no seu quartel, no Largo Paulo Orósio.

A representar os Bombeiros Voluntários de Braga esteve o Capitão Miguel Ferreira, Presidente da Real Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Braga, e Pedro Ribeiro, Comandante Interino dos Bombeiros Voluntários de Braga, e a representar a associação Braga Ciclável esteve Mário Meireles e Arnaldo Pires.

Esta reunião, que decorreu na sequência de um pedido da Bragaciclável e Movimento BragaZeroAtropelamentos, para se apresentar a associação e o movimento e, dada a experiência diária dos Bombeiros, muitas vezes chamados para assistir vitimas de acidentes de viação, discutir o que se deveria mudar para diminuir a sinistralidade, do concelho de Braga.

Após apresentações iniciais, Mário Meireles iniciou a reunião apresentando a associação, e do movimento, e o porquê do pedido de agendamento da reunião.

Ao longo da conversa foram abordados vários temas relacionados com a mobilidade em geral, com foco principal nos peões, utilizadores de bicicletas e veículos de emergência, em particular. A reunião decorreu no quartel dos Bombeiros, local de onde saem veículos em emergência e que muitas vezes se encontram bloqueados, por automóveis mal estacionados, tráfego congestionado e organização de eventos municipais, junto do mesmo, prejudicando o auxilio a situações de emergência.

Os representantes da associação Braga Ciclável falaram nas alterações que poderiam ser realizadas no Largo, em frente ao quartel, por forma a organizar os fluxos e reduzir tempos de percursos, sem limitar os veículos de emergência. Ao mesmo tempo falou-se da necessidade de melhoria do ordenamento da mesma, com a retirada os contentores de lixo e reciclagem, junto a uma passadeira, o que aumenta o risco de atropelamentos; colocação de bicicletários adequados para que as pessoas se possam deslocar ao centro de saúde ou biblioteca e ter um local adequado para aparcar a bicicleta. Junto deste largo existem bicicletários da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva que não garantem as condições necessárias para aparcamento das bicicletas. O surgimento de um lugar pintado de vermelho com o símbolo de trotinetes e bicicletas, mas sem qualquer infraestrutura de apoio, foi também alvo de conversa, apesar de se destacar a correcção da sinalética que anteriormente se encontrava inconforme.

A par disso sugeriu-se que se trabalhe no sentido de melhorar as condições para utilizar a bicicleta em todo o concelho. Medidas de rápida implementação e baixo custo como o encerramento de determinadas ruas, algumas mesmo no Largo Paulo Orósio, permitindo acesso a moradores com garagem, ambulâncias e bicicletas, ou a colocação de bicicletários em pontos estratégicos, a sobreelevação de várias passadeiras, ou mesmo a melhoria do pavimento para a utilização da bicicleta, em diversos pontos,  são medidas que poderão ser trabalhadas e executadas rapidamente. Estas medidas visam um ganho do espaço para o peão e utilizadores de bicicletas, e outros modos suaves, com maior aproveitamento da cidade, por parte das pessoas.

A utilização da bicicleta pode ser útil para determinadas deslocações, em especial no acesso ao nosso centro histórico, sendo necessário ligar este, de forma segura, as zonas residenciais e às zonas escolas. Para isso é fundamental reduzir a velocidade automóvel no centro da cidade, assim como garantir a não permissão de não cumprimento dos limites de velocidade atuais. Estes aspectos são fundamentais, para a Braga Ciclável, para que os pais possam deixar os filhos pedalarem, no dia a dia, e assim retirar pressão automóvel destes pontos que estão diariamente congestionados.

Arnaldo Pires reforçou ainda que os ganhos para a saúde, quer pela deslocação ativa, quer pela redução da poluição sonora e ambiental, quer pela redução das partículas inaladas (PM), são factores de saúde importantes, mas que ao mesmo tempo têm ganhos económicos para a pessoa em questão, mas também para a economia local e nacional.

 

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