Andar de bicicleta em Braga: desafio de verão 

Na continuação do artigo que escrevi o ano passado no qual propus o seguinte desafio: “desafiem-se e experimentem sentir o “andar de bicicleta” em Braga”, volto ao mesmo assunto!

O que mudou, entretanto? Para além da minha família usar regularmente o capacete…
Como utilizadora diária da bicicleta na cidade de Braga, observo por parte da autarquia um enorme investimento na criação de novas ciclovias. No entanto, é compreensível que estas possam ser consideradas insuficientes por vários motivos: precisam estar em rede e conectadas entre si para permitir aos ciclistas se deslocarem de maneira contínua e segura por toda a cidade; não consegui entender se há alguma intenção de integração com outros modos de transporte, como sejam os autocarros públicos e os estacionamentos para bicicletas são insuficientes (inclusive inexistentes em muitas escolas) e o principal, uma vez que também sou mãe de 3 filhos que usam a bicicleta para se deslocarem, a segurança é uma preocupação central: nos cruzamentos e rotundas as ciclovias atravessam áreas de grande tráfego e quando não existe continuidade e não há separação adequada dos veículos motorizados, não há garantias de segurança.

O que mudou, entretanto? Ainda verifico uma baixa adesão ao uso da bicicleta e o trânsito intenso na cidade…

Para uma melhoria significativa, é importante que a autarquia continue a investir e a ouvir a comunidade de ciclistas para identificar as áreas mais críticas e implementar soluções que realmente atendam às necessidades de todos os usuários.

Neste sentido, gostaria de lançar um desafio aos residentes de Braga: durante as férias, experimentem usar a bicicleta como meio de transporte em família. As férias representam uma oportunidade de ouro para reforçar esses hábitos e criar uma cultura de respeito e segurança no trânsito. Com mais ciclistas nas ruas, os automobilistas começam a se habituar à presença deles, resultando em um ambiente mais seguro e agradável para todos.

Nesta continuidade de pensamento, convido os nossos decisores políticos a aproveitarem esta oportunidade para percorrerem a cidade de bicicleta. Ao fazerem isso, poderão avaliar em primeira mão a utilidade, a acessibilidade e a segurança das nossas ciclovias e estradas para os ciclistas, tanto nas deslocações diárias para o trabalho como para os locais de lazer, incluindo os acessos aos pontos mais aprazíveis da cidade.

Assim percebemos que andar de bicicleta traz muitas vantagens tanto para “nós”, como pessoa individual assim “nós” como comunidade, contribuindo para uma cidade mais sustentável, saudável e agradável para todos e deixamos uma herança positiva para as próximas gerações.

Juntos, podemos fazer a diferença!

Aceitam o desafio?

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