No momento em que uma mulher que gosta e anda de bicicleta recebe a confirmação de que está grávida, várias questões surgem no pensamento:
“E agora, posso continuar a usar a bicicleta?”
“Que cuidados adicionais devo ter?”
“Como será a reação do meu corpo e do meu bebé ao uso da bicicleta?”
Para obter resposta a este tipo de questões, a opção mais prudente e sensata é conversar com o obstetra ou médico que fará a vigilância e acompanhamento da gravidez. Este profissional de saúde é a melhor escolha para ajudar a mulher a decidir sobre o que é mais seguro fazer até ao término da gravidez.
A maioria dos especialistas é consensual: a mulher que não usa habitualmente a bicicleta não deverá começar a fazê-lo na gravidez. Para as mulheres que usam e para os casos em que o médico permite a continuação do uso, os cuidados devemos ser redobrados: não correr riscos que possam levar a uma queda; não circular em subidas íngremes ou fazer descidas acentuadas; evitar o asfalto desnivelado ou com buracos; evitar travagens bruscas; ter atenção redobrada no caso de circular na via pública, etc. A partir do segundo trimestre de gravidez, o uso é normalmente desaconselhado porque os riscos são superiores aos benefícios.
Para a mulher que fica impedida de usar a bicicleta, é natural que as saudades e um sentimento de nostalgia apareçam. Contudo, simultaneamente, à medida que os meses passam, vamo-nos apercebendo que os sentimentos de proteção e cuidado com a nova vida que cresce dentro de nós se tornam mais fortes e superiores à vontade de usar a bicicleta. Sabemos que rapidamente poderemos voltar a usá-la e, melhor ainda, passaremos a ter uma nova companhia, muito especial, para usufruir desses momentos.
Novos desafios aparecerão nessa altura, mas cada coisa a seu tempo! 😉
Boas pedaladas!
(Artigo originalmente publicado na edição de 15/10/2016 do Diário do Minho)