Uma viagem até ao mundo das bicicletas

Olá, eu sou a Sandra tenho 24 anos e sou Engenheira Informática e, portanto, tenho pela frente uma vida propícia a muita movimentação, atividade física e energia. Só que não!

Comecei a trabalhar há cerca de dois anos no Porto e, como tal, o uso de transportes públicos e o uso do carro faziam parte do meu dia-a-dia. Todos os dias fazia a viagem Braga-Porto, Porto-Braga. Eram duas horas do meu dia despendidas a andar de autocarro, que somadas às oito horas de trabalho me tiravam qualquer energia existente para praticar qualquer tipo de exercício físico.

Enquanto isso, via as pessoas à minha volta a começarem o dia a caminhar, a correr e a deslocarem-se de bicicleta para o trabalho. Também eu queria fazer parte deste grupo de pessoas.

Quando surgiu a oportunidade de me mudar para Braga uma das coisas que tive em conta na minha decisão foi a possibilidade de poder transformar a aborrecida viagem casa-trabalho em algo agradável.

Tinha já em mente mil e um planos, mas como qualquer grande parte das boas intenções que temos não passa disso mesmo…uma boa intenção. Optei pelo caminho mais fácil: deslocar-me de carro e a mudança de uma hora para oito minutos de viagem parecia fantástica e até me dava a ilusão de ganhar tempo para fazer o tão necessário exercício. Isto até me deparar com o tão desagradável trânsito da Universidade. Aí já não eram 8 minutos, mas sim tempos infinitos no pára-arranca que me deixavam frustrada e maldisposta.

Com a chegada dos dias de sol todo o propósito da mudança da vida sedentária voltou a ganhar força, de tal forma que reparei numa alternativa mesmo em frente dos meus olhos: tinha perto de mim e ao meu dispor uma ciclovia que ligava a Universidade ao Polo de Negócios, o meu atual local de trabalho. Era a altura certa para a mudança!

Juntei o gosto que sempre tive por andar de bicicleta ao encorajamento, que o meu namorado e amigos me davam, para tirar o pó à bicicleta que estava parada em casa e a trazer até as ruas da cidade de Braga.

Fiz a minha primeira viagem a medo, não vou mentir. O trânsito infernal, a velocidade a que os carros circulam na zona das rotundas da Universidade e do INL, aliadas à falta de respeito que os condutores tinham e têm para com os ciclistas assustavam-me. Ainda hoje me sinto insegura até chegar à zona em que realmente existe a ciclovia, mas a verdade é que sinto que isso é um mal menor comparado com a energia e boa disposição que a bicicleta repôs nas minhas manhãs e finais de tarde. A vontade de pedalar deu lugar ao cansaço e stress que acabam por ficar pelo caminho.

Deixei o carro, poupei no combustível, passei a contribuir para o bem do planeta e, sem perceber, cumpri o desejo de voltar a introduzir o exercício físico e, desse modo, melhorar a minha qualidade de vida.

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