Por várias vezes, ao passar de bicicleta pela Rua D. Pedro V, tenho assistido a algo que me incomoda profundamente. Os passeios deixam muito a desejar e é frequente os peões terem de se desviar para a faixa de rodagem, devido à largura insuficiente e/ou ao piso irregular do passeio.
A situação é preocupante porque implica um risco aumentado de acidentes com peões. Mas é particularmente grave o facto de suceder com alguma regularidade (tal como tive a oportunidade de registar nesta foto) com os utilizadores de cadeiras de rodas e quem tem de transportar carrinhos de bebés.
Ao longo de praticamente toda a extensão desta via, há lugar para estacionar gratuitamente automóveis, à vontade (embora nem sempre de forma legal). No entanto, parece que falta espaço nesta rua para criar passeios com melhores condições. Serão os automóveis mais importantes do que as próprias pessoas?…
Boa tarde. Descobri agora este blog, por acaso, e acho bastante interessantes algumas ideias e reflexões que aqui vão sendo escritas. Parabéns.
Moro no final desta rua, tenho uma mãe em cadeira de rodas e uma filha de 2 anos e vou mais que uma vez por semana com as duas (dois carrinhos!) até ao centro, a pé. Não é difícil conduzir dois carrinhos ao mesmo tempo, até porque a minha mãe não precisa de muita ajuda, mas quando as vias se encontram nesta condições esta perícia que pratico torna-se realmente exaustiva e perigosa! É uma situação lamentável que, de facto, se resolveria retirando os veículos que se encontram estacionados e alargando os passeios. E, com tantos edifícios antigos e abandonados nesta rua com terrenos nas traseiras, fazer um pequeno parque de estacionamento não deve ser uma missão impossível, creio…
O seu testemunho vem mostrar como é importante atender, em primeiro lugar, aos peões. E claro, convém ter sempre bem presente que o peão não é apenas uma pessoa a pé.
Os passeios têm de apresentar uma largura suficiente para passarem pelo menos duas pessoas lado a lado; condições de piso, largura, rampas, etc. para circulação em segurança de cadeiras de rodas; condições para a circulação de carrinhos de bebés, não esquecendo os carrinhos para gémeos, que muitas vezes são mais largos.
Creio que é importante fazer chegar esse testemunho ao departamento de trânsito da Câmara Municipal de Braga. Mesmo que não obtenha uma resposta, pelo menos contribui para que haja na autarquia um melhor conhecimento da realidade dos utentes das nossas vias.
Mas estamos otimistas – aos poucos, a coisa vai 🙂