Olá! O meu nome é António Cascais e sou programador informático. Vivi em Braga entre 2008 e 2014 e mudei-me para Berlim há cerca de 6 anos, onde resido atualmente.
Quando me mudei para a Alemanha, uma das primeiras coisas que fiz foi comprar uma bicicleta porque não só é comum as pessoas usarem-na diariamente como a cidade está preparada para ciclistas. Foi uma excelente decisão. Até 2020, ano da pandemia e do início do trabalho remoto, ia de bicicleta para todo o lado. Para o trabalho, compras, convívios etc.
Hoje em dia com o trabalho remoto ando menos de bicicleta, mas mesmo assim tento usa-la como meio de transporte principal. É um prazer
Com frio, chuva, sol ou calor, raramente optava pelo metro. A única consideração é ter um equipamento adequado. Isto fez com que poupasse bastante dinheiro (o passe mensal em Berlim custa cerca de 70€ salvo erro), fizesse mais exercício e conhecesse melhor a cidade. Andar de bicicleta permite-nos ir por caminhos novos e conhecer ruas que se calhar não iríamos conhecer!
Andar de bicicleta em Berlim é muito mais apelativo do que em Portugal por, principalmente, 2 motivos: infraestrutura e cultura dos automobilistas. A nível de infraestrutura, o facto de haver bastantes ciclovias ajuda a que uma pessoa se sinta mais segura a andar de bicicleta: os carros vão na estrada, as bicicletas nas ciclovias. Cada macaco no seu galho. A nível de cultura, os automobilistas têm muito pais paciência com os ciclistas do que em Portugal, até porque eles próprios andam de bicicleta. Por exemplo, se um ciclista vai na estrada a “empatar” o trânsito, é raro alguém apitar. Esperam e quando der para ultrapassar lá ultrapassam.
Por vezes achamos que é impossível mudar porque estamos demasiado entranhados nas nossas rotinas. Mudar de país e enfrentar uma nova realidade faz-nos considerar hábitos antigos mas isso não quer dizer que não possamos mudar os nosso hábitos de deslocação. É preciso é que as cidades portuguesas criem condições para isso.
Por vezes achamos que é impossível mudar porque estamos demasiado entranhados nas nossas rotinas. Mudar de país e enfrentar uma nova realidade faz-nos considerar hábitos antigos mas isso não quer dizer que não possamos mudar os nosso hábitos de deslocação. É preciso é que as cidades portuguesas criem condições para isso.