Há cerca de uma semana, fui à Câmara Municipal de Braga para uma reunião importante, juntamente com outros cidadãos de Braga. O relato dos principais assuntos que por lá foram tratados já foi abordado aqui, bem como na comunicação social. Ainda assim, gostava de partilhar, a título de curiosidade, como foi a minha experiência de ir – como aliás sempre faço – de bicicleta.
O caminho para o edifício do Pópulo, onde iria decorrer a reunião, não apresentou, na verdade, dificuldades de maior. Eu já me encontrava no centro, e pelas ruas do centro conseguimos circular de bicicleta com relativa facilidade.
Ao chegar ao local, contudo, deparei-me com a ausência de um local adequado para estacionar a bicicleta, no exterior do edifício. Não havia nenhuma estrutura metálica concebida especificamente para o efeito, e também não havia por perto nenhuma outra peça de mobiliário urbano com a qual se pudesse improvisar uma espécie de bicicletário de desenrasque. Evidentemente, foi algo que não me surpreendeu, estando já há habituado a usar a bicicleta para todas as minhas deslocações na cidade de Braga. Aliás, esse era precisamente um dos pontos da agenda para a referida reunião…
Ainda assim, precisava mesmo de arranjar uma forma de poder estacionar a bicicleta, de modo a garantir que teria o meu transporte para o regresso a casa. Alguém sugeriu ainda que levasse a bicicleta para cima da relva e a prendesse a uma das árvores ali ao lado. No entanto, não me pareceu boa ideia, por respeito ao património que é de todos, mas também por uma questão de consideração pelos jardineiros que cuidadosamente cultivam aquele relvado e os jardins que embelezam a nossa cidade.
A situação acabaria, afinal, por ficar resolvida de uma forma bastante simples e relativamente eficaz. Entrando no átrio, bastou pedir licença ao segurança da receção para guardar a bicicleta ali num canto. O espaço livre era mais do que suficiente, a bicicleta ficava ao abrigo da chuva e debaixo de olho do agente da segurança. Não havia ali nenhuma forma de prender a bicicleta, pelo que restou confiar um pouco na boa vontade do funcionário – e na sorte.
Mesmo dando o devido crédito à simpatia e disponibilidade do funcionário que aceitou zelar pela bicicleta durante uma ou duas horas, a verdade é que não era obrigação dele vigiar uma bicicleta que nem sequer estava presa, e facilmente poderia ter ocorrido o caso de alguém a retirar discretamente num momento em que ele estivesse ocupado.
No final da reunião, contudo, ali estava ela à minha espera, prontinha para a viagem de regresso. Fiquei bem mais descansado!
Esta pequena peripécia, que basicamente consistiu numa replicação de outras inúmeras situações semelhantes (quando vamos ao banco, à Loja do Cidadão, etc.), fez-me perceber uma vez mais que vale a pena continuar a defender a necessidade da instalação de estacionamentos para bicicletas na cidade de Braga… e, já agora, fazem falta alguns lugares junto à Câmara.