Tiago Valério, praticante de BTT, morreu no passado dia 21 de Janeiro após ter sido colhido por um automóvel enquanto treinava. Uma semana antes da fatalidade pediu, publicamente, via facebook, respeito pelos ciclistas: “Eles não são obstáculos, fazem parte do trânsito.”.
O atropelamento do Tiago não é, infelizmente, um acontecimento isolado. Vamos continuar a lamentar perdas? Há leis, sim, mas as pessoas não estão de todo preparadas para uma convivência saudável na estrada. É fulcral consciencializar! Leis não funcionam se nós não NOS respeitarmos e AS respeitarmos O Tiago era filho de alguém, namorado de alguém, amigo de alguém. Foi o Tiago, podia ter sido qualquer um de nós.
Todos nós, enquanto utilizadores da bicicleta, já testemunhamos a agressividade dos condutores, todos já sentimos o desrespeito pela nossa integridade física. E não há a menor dúvida acerca da nossa vulnerabilidade, o nosso corpo é o nosso escudo.
Apesar das alterações ao Código da Estrada, há ainda muito trabalho pela frente. Neste sentido foi lançada uma petição pública para apelar às entidades competentes (Governo, Assembleia da República, Instituto da Mobilidade e dos Transportes, Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária) que seja mais seguro pedalar em Portugal, intitulada “Pelo direito a pedalar em segurança”.
O respeito mútuo é fundamental, a par da consciencialização, sinalética apropriada e educação para comportamentos responsáveis e civilizados, para chegarmos a uma consequente diminuição de comportamentos perigosos e baixa de sinistrados.
19 mortes, 120 feridos graves, 1706 feridos leves são os dados mais recentes (2014).
Até quando?
Boas pedaladas e junte-se a nós em www.bragaciclavel.pt