Na passada quinta-feira, dia 26 de Setembro de 2019, a associação Braga Ciclável reuniu com Teresa Salomé Mota, candidata do Livre pelo círculo eleitoral de Braga às eleições legislativas de 6 de Outubro de 2019. A Braga Ciclável esteve representada por Victor Domingos e João Forte.
A reunião começou com uma explicação sobre o historial da associação Braga Ciclável. Teresa Salomé Mota quis então conhecer algumas das propostas que ao longo dos anos têm sido apresentadas por esta associação aos vários executivos municipais. Victor Domingos, membro fundador e vice-presidente da Braga Ciclável, recordou a esse propósito a Proposta Para Uma Mobilidade Sustentável, que já em 2012 alertava para a necessidade de instalar estacionamentos adequados para bicicletas e de criar eixos prioritários para uma rede ciclável, nomeadamente entre a Estação de Comboios, o centro da cidade e o Campus de Gualtar. Do exposto, salientou-se uma execução pouco efectiva das propostas apresentadas nos últimos anos e uma debilidade estrutural no domínio da mobilidade dentro e fora da cidade, com óbvio destaque para o eixo Estação de Comboios/Universidade do Minho.
Foram também abordadas uma série de questões ligadas à mobilidade sustentável na cidade de Braga, como o uso da bicicleta e a sua eficácia nas pequenas e médias distâncias, o simples gesto de fazer pequenos trajectos a pé, a complementaridade dos modos suaves com o uso dos transportes públicos e o uso do automóvel. Relativamente a este último, debateram-se formas de diminuir o tráfego de carros no centro da cidade, em favor de mais e melhores transportes públicos e de uma mobilidade sustentável. Deu-se um destaque ao papel que a acalmia de tráfego pode ter na segurança e na própria qualidade de vida da população.
Foi pedida pelo Livre a opinião da Braga Ciclável sobre as actuais infra-estruturas e um parecer sobre o que pode ser feito para melhorar as mesmas e mitigar os actuais problemas.
A este propósito, a Braga Ciclável aproveitou para sublinhar a importância da segurança rodoviária e a gravidade dos problemas crónicos que se constatam em Braga, concretamente os excessos de velocidade e as “auto-estradas” que “cortam” a cidade em áreas diferenciadas. Estes factores são determinantes na hora de decidir pela utilização, ou não, da bicicleta na cidade e concelho de Braga. A Braga Ciclável salientou que a insegurança presente um pouco por toda a cidade, a par da falta de infra-estruturas, constitui-se como um entrave substancial ao uso da bicicleta por um número significativo de potenciais utilizadores. Algo a que não são alheios os factos de existir uma fiscalização deficiente das velocidades excessivas, das distâncias de segurança e do estacionamento de automóveis em passeios e ciclovias, bem como uma sensibilização rodoviária incipiente em relação a esta problemática.
Ao finalizar a reunião, a candidata do Livre enfatizou a importância dos modos suaves na mobilidade urbana e o seu impacto positivo em termos ambientais.