Braga Ciclável reune com UF de Lomar e Arcos

A Associação Braga Ciclável reuniu com a Junta da União de Freguesias de Lomar e Arcos, em Lomar, sendo que em representação da Braga Ciclável estiveram Mário Meireles e Arnaldo Pires, e em representação da União de Freguesias esteve o Presidente do Executivo, Manuel Dias.

Mário Meireles começou por apresentar a conhecer a associação, fazendo uma breve introdução da mesma e o caminho até aqui percorrido, passando depois Arnaldo Pires a apresentar o movimento cívico #BragaZeroAtropelamentos.

Posteriormente foram debatidas questões de mobilidade com esta estrutura autárquica, nomeadamente a recém requalificada pela IP – Infraestruturas de Portugal, a Estrada Nacional 319. O presidente desta União de Freguesias teceu críticas à IP por esta fazer ouvidos de mercador às reivindicações enviadas por escrito, e conversadas no terreno por parte desta junta. Reivindicações essas que, no entender do Presidente do Executivo da União de Freguesias, melhorariam as condições de circulação a pé, e também de bicicleta, a quem se desloca nesta união de freguesias. Essas reivindicações passavam pela criação de passeios ao longo da EN319, a colocação de passadeiras semaforizadas, por exemplo, na Mouta, a regularização de rotundas e ainda a acessibilidade nas passadeiras, que terminam muitas vezes em lancis de 30 cm de altura.

O presidente da junta ressalvou todos os esforços efetuados por si nas melhorias de acessibilidades desta que é uma das entradas da cidade, sendo que estas freguesias se encontram já dentro dos limites da cidade, deixando claro que defende que a cidade se deve preparar para que as deslocações internas sejam feitas preferencialmente a pé, de bicicleta ou de transporte público. Para isso “a cidade deve ter bons acessos automóveis até às entradas e permitir que as pessoas se desloquem, de uma forma rápida, até à cidade a partir desses bons acessos”.

Falou ainda do projeto de expansão da BOSCH, do crescimento da freguesia ao longo dos anos, do projeto de expansão da via pedonal e ciclável do Rio Este, da requalificação, “pensada para não se fazer uma obra e a seguir esburacar tudo”, das ruas que ligam a ponte pedrinha até ao Intermarché – que fará com que as pessoas possam andar a pé ou de bicicleta em segurança -, bem como do crescimento da freguesia nos lugares do Ventoso e Outeiro.

Lamentou não conseguir fazer mais por não ter mais delegação de competências, mas deixou o alerta que com as competências é preciso passar também o envelope financeiro. Ainda assim defende que as grandes obras nas freguesias devem ser da responsabilidade do Município, defendendo que deveria este munir as freguesias de mais competências para aumentar a eficiência da resposta. Considera, também, que a gestão de todas as estruturas viárias da cidade deveria passar para a alçada do município, facilitando sua reparação ou alteração de acordo com as recomendações, sem se ter de recorrer ao IP, que ao considerar uma estrada como nacional, não entende que estas muitas vezes se inserem em zonas habitacionais, com necessidades diferentes de acalmia de tráfego e maior segregação, como criação de passeios e ciclovias.

A Braga Ciclável mostrou-se disponível para colaborar, na medida do possível, com esta União de Freguesias.

A associação irá reunir todas as semanas com uma freguesia urbana, tendo para isso encetado contactos com todas as juntas inseridas no perímetro urbano.

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