Foi em 2017 que decidi comprar uma bicicleta para substituir o carro na viagem diária para o trabalho. Com o passar do tempo, passou a ser o meu meio de deslocação preferido para as pequenas deslocações (entre 15 a 20 minutos). Infelizmente, essa rotina foi interrompida quando mudei de casa. A nova localização tinha subidas mais íngremes e a preguiça fez com que, lentamente, voltasse aos velhos hábitos de pegar no carro.
Há dois meses, eu e a Sandra (a minha esposa) decidimos comprar uma bicicleta elétrica que tem um pequeno motor que assiste às pedaladas fazendo com que uma subida pareça um plano confortável. No entanto, este tipo de bicicletas não têm os preços mais convidativos: podendo custar entre mil a cinco mil euros. Felizmente o Estado Português, através do fundo ambiental, comparticipa até 500€ na compra. Assim sendo, uma bicicleta de 1000€, fica a metade do preço. Ainda lhe parece caro? Então vamos fazer umas contas.
Os consumos dependem do carro mas usando os consumos do meu carro a gasolina como exemplo, vamos assumir que um automóvel gasta em média, na cidade, 7 litros por cada 100km. À data que escrevo, a gasolina está a 1.66€ o litro, o que faz com que cada 100km custem 11.62€. Para uma bicicleta de 1000€ seria necessário fazer 4300 km para compensar o preço com a poupança. Parece um número muito grande para pedalar, não é? Se assumirmos apenas que as deslocações diárias para o trabalho (cerca de 5km por exemplo) passam a ser feitas de bicicleta, isso significa no mínimo 200 km por mês. Ao fim de menos de dois anos, a bicicleta está paga. Mais interessante, não é? Mas não é tudo.
Como muitas famílias em Portugal, também nós temos dois carros. Porém, com o uso regular da bicicleta elétrica um dos carros fica parado o tempo todo. O passo lógico, para nós, passa por vendê-lo mas mesmo que eu o ofereça, a poupança em seguro, impostos e revisões anuais cobrem o custo da bicicleta. Cada pedalada que dê passa a ser lucro.
O carro continua a fazer sentido para deslocações mais longas e por isso temos sempre um carro disponível.
Há ainda o benefício de contribuir para a saúde com os 30 minutos de exercício recomendado que permite poupar nos cuidados de saúde mas isso são contas para um texto mais longo e para quem percebe bem mais do que eu de saúde. Espero que a minha experiência o tenha convencido definitivamente que a pedalar se vai muito longe.
Para quando isto em Braga?
https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Bicycle_repair_stations
Já há em Esposende:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Esposende_2.jpg