A minha primeira vez… sobre duas rodas

A minha primeira vez sobre duas rodas com o meu novo modo de transporte, fez-me recordar a minha infância. Sempre adorei bicicletas, não tivesse o meu pai uma loja de motas e bicicletas, e eu sonhava com o dia em que soubesse andar. Mas imaginem só, o meu pai tinha muito receio que eu caísse e me magoasse.

Um certo dia o meu tio Pedro, sabendo deste meu sonho e do receio do irmão, pegou em mim e numa avenida em terra na casa da minha avó, tornou este meu sonho real e deveras inesquecível, até aos dias de hoje. Lembro-me como se fosse hoje a sensação de conquista, a emoção e o orgulho que de mim própria senti. Pois, até à primeira queda, pois claro! Mas como em tudo na vida caímos para nos podermos levantar mais fortes.

Trinta anos mais tarde, converto-me a este modo de transporte e na cidade de Braga, que de pacata e sem trânsito já não tem nada! Os tempos mudam, evoluem e como em tudo na vida, temos de ter a capacidade resiliente de nos adaptarmos também.

Sou uma amante da minha cidade e do seu centro histórico, que é precisamente onde vivo. Sempre tive a ideia romântica de passear pelo centro, ser consumidora no comércio tradicional, tomar café na Brasileira ou apreciar as gaivotas que palreiam sobre a igreja Santa Cruz. Para mim isto sempre foi sinónimo de qualidade de vida.

Mas só havia um senão no meio desta ideia idilíca de morar no centro: o trânsito, o estacionamento e todo o stress inerente ao veículo automóvel. E este senão causou em mim a necessidade de procurar alternativas.

Foi aí que entrei na Go By Bike para perceber opções, tendo em conta o meu estilo de vida e o meu local de trabalho. A minha Adriática New Age foi amor instantâneo não só pelas alternativas mas porque a minha vida realmente mudou. A minha e a do meu filho, Vicente, de 3 anos, que é tão ou mais apaixonado pela bicicleta quanto eu!

Como colaboradora do Hospital de Braga, optei por uma bicicleta elétrica para ajudar nos caminhos mais difíceis. E como modo de transporte é anti-stress, por si só. Não há trânsito, não há problemas de estacionamento, não há poluição ambiental nem sonora. Não nos atrasamos, não começamos, nem acabamos o dia sob stress.

Além de melhorar a qualidade de vida, ensinamos os nossos filhos a optar por modos de transporte mais sustentáveis e melhoramos o nosso relacionamento com eles. Aquelas discussões matinais, dão lugar ao diálogo porque não sofremos por antecipação o stress do transito que vamos enfrentar e além do mais, apreciamos em simultâneo as paisagens como se de uma visita de estudo se tratasse.

E querem um facto curioso mas muito real do que vos digo? A minha sogra mora a 8km da minha casa, e se vos disser que, demoro o mesmo tempo a chegar a casa, quer opte pelo carro ou pela bicicleta? Pois, mas é verdade!

Agora, como cidadã da cidade de Braga e para podermos continuar a evoluir e a garantir mais segurança para os adeptos de modos de transporte sustentáveis, aguardo ansiosamente, o dia em que possamos ter vias de trânsito adequadas e obras de melhoramento nas estradas da cidade, até porque sendo eu da área da saúde nos cuidados intensivos, acreditem que devido a acidentes rodoviários já vi muitos cenários e não os desejo de todo para ninguém.

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