Acreditamos que os mais pequenos são os alicerces da nossa sociedade e, por isso, pensamos ser fundamental educar desde o berço para a bicicleta, para o uso deste meio de transporte de forma responsável e consciente. Educar para a familiarização desta no dia-a-dia, para que amanhã o uso da mesma seja feito de forma natural.Contudo, é essencial que exista respeito entre o peão, o carro e a bicicleta, cumprimento das regras e sinais de trânsito e, acima de tudo, consciência cívica.
Há um longo caminho a percorrer no que se refere à convivência segura e responsável entre todos os que utilizam a via pública. Esta sensibilização estende-se não só àqueles que utilizam a bicicleta, mas também às autarquias, polícia, automobilistas e até mesmo aos próprios peões.
É, portanto, obrigação das entidades de direito proporcionar as condições necessárias à utilização diária da bicicleta, promover locais seguros para que as crianças possam pedalar. Mas é, também, obrigação do educador incutir a bicicleta no quotidiano das crianças. Quem de nós não tinha uma bicicleta em pequeno? Quem não adorava pedalar? Quem não recorda com euforia a primeira bicicleta que recebeu como presente?
Junto das escolas, em conjunto com os professores, é possível implementar programas para a consolidação da cultura da bicicleta. Só é preciso vontade, não apenas política, mas a partir de casa, pois é no nosso quintal que cultivamos os frutos do amanhã. Seja com campanhas de sensibilização e formação, com a criação de circuitos seguros, ou actividades de orientação sobre trânsito seguro.
A promoção de um estilo de vida saudável é também uma das motivações dos defensores deste meio de transporte, sendo indiscutíveis os benefícios que a sua utilização significa para a saúde. Numa sociedade cada vez mais sedentária, e com uma taxa de obesidade e doenças respiratórias nas crianças demasiado elevada, as vantagens são óbvias e, por isso, devíamos tirar sério partido delas.
Há um caminho longo a percorrer. Mas o caminho faz-se… Pedalando, acreditamos nós!
(Artigo originalmente publicado na edição de agosto de 2016 da Revista Rua)